A ausência de recuperação da malha ferroviária de acesso ao
Distrito Industrial (DI-2) começa a provocar desmotivação nos empresários, o
que tende a resultar em desemprego. O alerta é do vereador João
Gilberto Ripposati (PSDB), que tem tentado sensibilizar as autoridades para a
necessidade de solucionar a questão, mas não tem obtido êxito. Ele garante que
se não houver uma frente em prol do desenvolvimento de Uberaba, a cidade será
mais prejudicada. "Mais porque a falta de linha férrea tem beneficiado
municípios como Uberlândia", salienta.
Ripposati argumenta que a reativação do trecho da Ferrovia
Centro-Atlântica (FCA) para permitir o escoamento da produção de grãos e de
açúcar do município é imprescindível para as empresas do DI-2. O tucano já se
reuniu com os secretários João Franco (Desenvolvimento) e Karim Abud Mauad
(Planejamento) e chegou a protocolar pedido de uma audiência pública para
tratar do assunto. "Mas há situações que não podem esperar e essa é uma
delas", enfatiza.
Para o vereador, o prefeito Anderson Adauto tem de levantar
essa bandeira e atrair parceiros para solucionar o problema, que podem ser
entidades como a Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Aciu), bem
como o apoio dos deputados eleitos por Uberaba. Para Ripposati, é fundamental
que os políticos e os setores organizados da sociedade arregacem as mangas e
atuam de forma a resolver o impasse de uma vez por todas. "Quando os
trabalhadores começarem a perder seus empregos e as empresas repensarem seus
investimentos no município, pode ser tarde demais", alerta.
Em entrevista à imprensa, o gerente administrativo da Global
Armazéns Integrais Ltda., Joaquim Gomes, já explicou que a FCA não tem
interesse de ativar terminal ferroviário, bem como de disponibilizar vagões
para o carregamento de grãos no Distrito Industrial (DI-2). Segundo ele, os
caminhões carregam em seu armazém e levam os produtos para a cidade de
Uberlândia para embarque em trem e serem transportados para o Porto de Santos.
"Autoridades têm de buscar meios para oferecer boa logística às
empresas", finaliza.
Fonte: JM Online
25/07/2009
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