O Promotor Público Carlos Valera expediu ontem recomendação
ao prefeito Anderson Adauto (PMDB), determinando o fim das atividades no lixão
localizado no bairro Jardim Espírito Santo.
De acordo com o documento, deve ser suspenso de forma
imediata o depósito de quaisquer resíduos oriundos da construção civil ou
não, na área localizada às margens do rio Uberaba. O promotor recomenda ainda
que o município adote medidas administrativas e até judiciais, para impedir a
utilização da área por terceiros. Segundo avaliação técnica constante da
recomendação, atualmente o único local viável para depósito de lixo é a cava da
Pedreira de Lea, localizada na zona rural de Uberaba.
O documento foi apresentado em plenário, durante sessão
ordinária de ontem, pelo vereador Antônio dos Reis Gonçalves Lerin (PSB). Para
ele, a situação dos moradores do bairro está praticamente resolvida. “É uma
reivindicação antiga e a determinação tem que ser cumprida de imediato”,
observou.
O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB), que também
acompanha o processo de desativação do lixão, disse que o promotor foi pontual,
mas salientou que não basta ter uma solução específica para este problema.
“Temos que ter solução para Uberaba, o que hoje o Executivo não tem para
resolver o problema do lixo”, avaliou. Para o tucano, as Secretarias de Meio
Ambiente e Planejamento precisam pensar no futuro de Uberaba de forma
sustentável. O vereador salientou que um aterro sanitário para 20 anos, como
proposto, sem implantação da coleta seletiva, não durará mais que seis anos. O
parlamentar questiona onde será jogado o lixo a partir de agora. Ele criticou
ainda a funcionalidade dos ecopontos. “Eles não estão organizados. O município
não deu conta de organizar a usina de reciclagem”, destacou. Ele conclamou os
vereadores para a realização de uma audiência pública, para colocar os problemas
apresentados em discussão.
Fonte: JM Online
17/09/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário