O
investimento em remédios fitoterápicos e a criação de um Conselho Municipal de
Fitoterápicos no Município voltaram a ser defendidos pelo vereador João
Gilberto Ripposati (PSD). Desde 2013 ele tenta convencer a Administração
Municipal a investir no setor, de modo a oferecer remédios mais acessíveis e
saudáveis à população.
O
vereador voltou a reiterar os requerimentos enviados ao prefeito Paulo Piau há
mais de dois anos. Entre as solicitações, está o envolvimento das secretarias
municipais de Saúde e de Agricultura, as quais poderiam viabilizar recursos
através de convênios e parcerias. O objetivo seria o fomento da produção de
plantas medicinais para o atendimento da demanda de fármacos e produtos
fitoterápicos, bem como a instituição de núcleos de produção e demonstração nos
bairro rurais de Peirópolis, Ponte Alta e São Basílio.
Ripposati
também defende que os produtores sejam preparados para a oportunidade de
investimentos na produção de plantas medicinais. O vereador explicou que a
criação do Conselho serviria para nortear as diretrizes para o desenvolvimento
do fitoterápico, lembrando que em 2002 o Legislativo aprovou um projeto de sua
autoria, que instituiu o Programa Farmácias Vivas/Programa Fitoterápico no
Município.
Para o
autor da Lei, existem diretrizes que precisam ser fortalecidas e tiradas do
papel. “Eu defendo a criação do Conselho, para que possamos ter uma política
pública sustentável, trabalhando os caminhos para que realmente se torne algo
concreto”, afirmou o vereador.
O
parlamentar lembrou que atualmente o Município compra alguns fitoterápicos de
indústrias, através de processo licitatório, com aprovação do Ministério da
Saúde. “Mas queremos mais, queremos uma parceria com o Estado para poder fazer
um laboratório de manipulação e produção dos fitoterápicos para distribuir nas
unidades Básicas de Saúde e nas farmácias públicas do SUS”, defendeu Ripposati.
O
vereador ressaltou, ainda, que existem recursos estaduais e federais, e que o
Estado recentemente começou a fazer estas parcerias, após o Ministério da Saúde
autorizar os medicamentos fitoterápicos dentro da Rede. Segundo ele, agora é
preciso trabalhar o campo, através da Epamig, Embrapa, Emater e Senar, e
através das pesquisas reunir informações daquelas plantas que já estão
reconhecidas e aprovadas pela ciência, com sua eficácia científica e prática.
Além
disso, para Ripposati, é preciso ensinar o homem do campo a produzir, preparar
o sistema produtivo. “São duas frentes de trabalho que estou defendendo, uma é
a criação do Conselho específico para o fitoterápico, envolvendo universidades
e seguimentos da sociedade, para que o mesmo possa ser marcante, no sentido de
definir os caminhos seguros, para que realmente tenhamos os fitoterápicos”,
disse o parlamentar.
A outra
frente de trabalho mencionada por Ripposati é quanto ao fomento do homem do
campo, preparando-o dentro de sua propriedade rural para mais uma alternativa
de renda. “Com isso, teremos uma produção própria, sem termos de gastar
dinheiro com indústrias e processos licitatórios, que fica muito mais caro”,
avaliou.
O
vereador ainda destacou a existência de excelentes medicamentos para doenças
como diabetes, problemas respiratórios, controle da verminose, hipertensão,
entre vários outros. Ele lembrou que é preciso ver quais são as prioridades e
trabalhar a produção, sendo que com o tempo seria possível ampliar o
atendimento para outras doenças. “Eu acredito que o Município avança, é
economia para a cidade, além de destacar que é um medicamento natural e que faz
muito bem à saúde, com resultados comprovados”, afirmou Ripposati.
O autor
da proposta também esclareceu que em Uberaba atualmente este trabalho está em
nível de instituição filantrópica dentro do setor religioso, através de
instituições espíritas, tanto em Peirópolis, pelo Grupo Espírita Eurípedes
Barsanulfo, como no bairro Gameleiras, pelo Grupo Espírita Maria de Nazaré. “Estas
instituições, inclusive, têm enviado remédios para a África”, contou o
parlamentar, defendendo que até mesmo outras cidades da região poderiam ser
atendidas, caso se interessem pelo programa.
“Uberaba
pode ser referência para outros municípios que compõem o sistema regional. Nós
temos toda uma logística, com universidades, empresas de pesquisas como a
Epamig, Embrapa, Emater e Senar. Temos todo um caminho de parceiros para tornar
este projeto uma realidade”, concluiu Ripposati.