terça-feira, 27 de outubro de 2015

Ripposati defende utilização de remédios fitoterápicos na rede pública municipal

O investimento em remédios fitoterápicos e a criação de um Conselho Municipal de Fitoterápicos no Município voltaram a ser defendidos pelo vereador João Gilberto Ripposati (PSD). Desde 2013 ele tenta convencer a Administração Municipal a investir no setor, de modo a oferecer remédios mais acessíveis e saudáveis à população.

O vereador voltou a reiterar os requerimentos enviados ao prefeito Paulo Piau há mais de dois anos. Entre as solicitações, está o envolvimento das secretarias municipais de Saúde e de Agricultura, as quais poderiam viabilizar recursos através de convênios e parcerias. O objetivo seria o fomento da produção de plantas medicinais para o atendimento da demanda de fármacos e produtos fitoterápicos, bem como a instituição de núcleos de produção e demonstração nos bairro rurais de Peirópolis, Ponte Alta e São Basílio.

Ripposati também defende que os produtores sejam preparados para a oportunidade de investimentos na produção de plantas medicinais. O vereador explicou que a criação do Conselho serviria para nortear as diretrizes para o desenvolvimento do fitoterápico, lembrando que em 2002 o Legislativo aprovou um projeto de sua autoria, que instituiu o Programa Farmácias Vivas/Programa Fitoterápico no Município.

Para o autor da Lei, existem diretrizes que precisam ser fortalecidas e tiradas do papel. “Eu defendo a criação do Conselho, para que possamos ter uma política pública sustentável, trabalhando os caminhos para que realmente se torne algo concreto”, afirmou o vereador.

O parlamentar lembrou que atualmente o Município compra alguns fitoterápicos de indústrias, através de processo licitatório, com aprovação do Ministério da Saúde. “Mas queremos mais, queremos uma parceria com o Estado para poder fazer um laboratório de manipulação e produção dos fitoterápicos para distribuir nas unidades Básicas de Saúde e nas farmácias públicas do SUS”, defendeu Ripposati.

O vereador ressaltou, ainda, que existem recursos estaduais e federais, e que o Estado recentemente começou a fazer estas parcerias, após o Ministério da Saúde autorizar os medicamentos fitoterápicos dentro da Rede. Segundo ele, agora é preciso trabalhar o campo, através da Epamig, Embrapa, Emater e Senar, e através das pesquisas reunir informações daquelas plantas que já estão reconhecidas e aprovadas pela ciência, com sua eficácia científica e prática.

Além disso, para Ripposati, é preciso ensinar o homem do campo a produzir, preparar o sistema produtivo. “São duas frentes de trabalho que estou defendendo, uma é a criação do Conselho específico para o fitoterápico, envolvendo universidades e seguimentos da sociedade, para que o mesmo possa ser marcante, no sentido de definir os caminhos seguros, para que realmente tenhamos os fitoterápicos”, disse o parlamentar.

A outra frente de trabalho mencionada por Ripposati é quanto ao fomento do homem do campo, preparando-o dentro de sua propriedade rural para mais uma alternativa de renda. “Com isso, teremos uma produção própria, sem termos de gastar dinheiro com indústrias e processos licitatórios, que fica muito mais caro”, avaliou.

O vereador ainda destacou a existência de excelentes medicamentos para doenças como diabetes, problemas respiratórios, controle da verminose, hipertensão, entre vários outros. Ele lembrou que é preciso ver quais são as prioridades e trabalhar a produção, sendo que com o tempo seria possível ampliar o atendimento para outras doenças. “Eu acredito que o Município avança, é economia para a cidade, além de destacar que é um medicamento natural e que faz muito bem à saúde, com resultados comprovados”, afirmou Ripposati.

O autor da proposta também esclareceu que em Uberaba atualmente este trabalho está em nível de instituição filantrópica dentro do setor religioso, através de instituições espíritas, tanto em Peirópolis, pelo Grupo Espírita Eurípedes Barsanulfo, como no bairro Gameleiras, pelo Grupo Espírita Maria de Nazaré. “Estas instituições, inclusive, têm enviado remédios para a África”, contou o parlamentar, defendendo que até mesmo outras cidades da região poderiam ser atendidas, caso se interessem pelo programa.

“Uberaba pode ser referência para outros municípios que compõem o sistema regional. Nós temos toda uma logística, com universidades, empresas de pesquisas como a Epamig, Embrapa, Emater e Senar. Temos todo um caminho de parceiros para tornar este projeto uma realidade”, concluiu Ripposati.

Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação
Câmara Municipal de Uberaba 

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