sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Vereador ressalta que não aceita o prefeito jogar a culpa para a CMU

O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) revela que 
encontro com o prefeito percebeu que estão querendo 
jogar a culpa do imbróglio do plano diretor a Câmara 
Como a votação do Plano Diretor foi bastante tumultuada, inclusive porque o Executivo alega que perderam alguns investimentos devido a Câmara Municipal de Uberaba ter demorado muito a aprovar as matérias, O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) saiu em defesa do Legislativo explicando toda a celeuma envolvendo essas matérias. “A audiência publica foi aberta à sociedade, democraticamente, para ser discutido sobre o plano diretor. Desde 2012, esse plano diretor estava na Casa, mas não tinha como votar essa iniciativa porque não tinham instituído o conselho de planejamento e questão urbano. Então, quando o prefeito Paulo Piau foi eleito entreguei o requerimento em suas mãos pedindo que fosse constituído o conselho, com a finalidade de alertá-lo para não cometer o erro dos outros gestores, diante de uma lei federal. Porém, foi desrespeitado o requerimento e criaram o conselho porque o Ministério Público exigiu”, afirma.

Depois de instituído, o tucano informou que o MP pediu para a prefeitura fazer algumas correções porque a composição estava errada e esse trabalho levou mais um tempo. Na oportunidade ele também lembrou que durante o período de transição do governo Anderson Adauto para o atual, foi pedido pelo prefeito Paulo Piau para que a Câmara não votasse a matéria porque gostaria de incluir algumas propostas de sua autoria nas proposições. Deu-se, então, o que todo mundo vem acompanhando na mídia: desrespeito com o Legislativo e pauta de reunião travada. Prova disso, ele citou a fala da subsecretária de Planejamento Maria Paula Meneghello, quando ela disse, durante a apreciação dos vetos que estávamos brincando de legislar. “Eu não brinco de legislar, tanto é que estou à disposição do promotor de Justiça e de quem quer que seja para mostrar que quando o prefeito vetou a Serraria, se esqueceu de vetar o art. 219, 277, bem como o do perímetro urbano (alteração da lei 413)”, explica.

Segundo o vereador, a Casa não tinha outra situação a não ser derrubar os vetos, porque a forma como foram enviados estava errada. Ele revelou que a equipe técnica da prefeitura propôs aceitar os vetos para ser apresentada uma redação final, mas isso é impossível e o único recurso agora é dar sequência ao que foi definido no plenário. O que nós fizemos foi aprovar o plano diretor, inserindo a Serraria e agora temos que normatizar. “A serraria não é uma comunidade e sim um núcleo de desenvolvimento voltado para o lazer. Na normativa, nós temos que proibir o entorno da serraria e das imediações da Baixa para não ser futuramente emancipado o local, porque se amanhã um político irresponsável entrar no governo ele pode tomar essa decisão. Lembrando que em gestões passadas faltaram apenas 500 km para Uberaba não perder a receita do Distrito Industrial III”, relembra.

Oposição radical - Ao invés de plano diretor da Serraria, o tucano diz que precisa haver é plano de gestão em torno do DI-III, envolvendo a Serraria, plantação de cana de açúcar e chácaras. “Estive com o prefeito por coincidência após os acontecimentos de ontem, ele diz que não fomos responsáveis e isso não é verdade. Na hora eu disse que ele deve ter atenção no que fala porque os erros maiores estão no Executivo que não souberam nem vetar. E provei. Temos que respeitar um ao outro, mas mesmo assim questionei o fato de ele ter vetado a questão da Serraria, sendo que foi pedir voto no local se comprometendo a regularizar. O prefeito rebateu dizendo que iria enviar um projeto para a Casa. Acho que nós temos que discutir com simplicidade, humildade, sem arrogância e agressão verbal. Atualmente, sou uma oposição pacificadora, mas se continuar a falta de respeito com o Legislativo e tendo essa série de erros por parte do Executivo vou mudar o meu comportamento fazendo uma oposição mais radical”.

Luciana Rodrigues

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