sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Vereador solicita que o Codau decrete estado de emergência

Luciana Rodrigues
Devido aos baixos níveis de água do rio Uberaba, principalmente com a transposição do rio Claro e o desperdício da população, o vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) está pedindo ao governo municipal que decrete estado de emergência.  No ofício, o parlamentar reforçou a necessidade de ser adotada uma política educativa e não punitiva durante o estado de emergência, defendendo a intensificação da campanha de alerta e conscientização da população para a racionalização, com uma ação corpo a corpo, através de panfletagem e som volante, haja vista que a campanha de conscientização não vem surtindo efeito, pois muitas pessoas ainda estão desperdiçando água.  "Temos que somar esforços para reduzir os níveis de consumo e melhorar as condições do rio Uberaba", ressaltou.

De acordo com o parlamentar, se nada de concreto for feito para reduzir o consumo e conter as sucessivas degradações ambientais do rio Uberaba, vai faltar água nas torneiras em toda a cidade, como já vem ocorrendo em alguns bairros. Ao longo dos anos, a bacia hidrográfica do alto rio Uberaba vem sofrendo degradações ambientais múltiplas e sucessivas, o que tem contribuído para o assoreamento do seu leito e a gradativa diminuição de sua vazão. "Aconteceu uma crise de abastecimento em 2002, mas, desde então, nada foi feito para resolver esse problema. Tenho informação de que a vazão mínima do rio Uberaba na época da estiagem se dá por falta de infiltração nas matas de topo e encostas, o que impede a formação do lençol freático, como ocorria há 50 anos", lembrou.

Para armazenar a água perdida no período de chuvas, o tucano informou que a solução poderia ser as barragens no rio Uberaba e alguns afluentes. Ainda no ofício, ele também pediu ao Codau apresentação do projeto contendo planilhas de custos para construção de barragens no rio Uberaba e seus afluentes, projetos de proteção e preservação das minas, nascentes, matas de topo, encostas e mata ciliar em toda a extensão da bacia hidrográfica, bem como que seja intensificada a fiscalização referente à captação irregular de água. "Estão dizendo que haverá chuvas em outubro, mas é normal ocorrer chuvas significativas na cidade somente a partir de novembro. Então, é preciso fazer o uso consciente da água, sem nos esquecer de preparar a cidade para o futuro, construindo as barragens ou até mesmo utilizando os poços artesianos comunitários e análises das minas que não estão contaminadas, porque poderemos precisar para garantir o abastecimento", orientou.

Mais manifestações - O vereador Marcelo Machado Borges - Borjão (DEM) declarou que, mesmo o governo municipal tendo anunciado que não haveria racionamento de água na cidade, realmente, essa questão é preocupante. Ele acrescentou que esteve na ETA do Boa Vista e pôde perceber que está funcionado precariamente. Os vereadores Luiz Dutra (SDD), Edmilson de Paula (PRTB) e Samuel Pereira (PR) também demonstraram preocupação com a situação. Inclusive, o republicano informou que, se o governo municipal tivesse acatado a sua sugestão de trazer água do rio Araguari, isso não estaria acontecendo, mas acharam que era inviável do ponto de vista financeiro.


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